TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO: Soluções Tecnológicas Impactam na Rotina da Escola na Zona Rural.
- CHAVES, Alex Aparecido A.
- 12 de set. de 2017
- 3 min de leitura

Professores da Escola de Alto Paraíso de Goiás mobilizaram para a utilização tabletes no auxílio dos alunos com déficit de atenção (TDAH). Trazendo para escola o consumo da tecnologia. Não há tecnologia de consumo.
Após os professores da escola rural do município de Alto Paraíso de Goiás detectaram um alto índice de crianças com (TDAH) transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade caracterizada por distração, agitação, hiperatividade, impulsividade, esquecimento, desorganização dentre outras foram buscar na lei sancionada no ano de 2016, lei nº 13.243 de 11 de janeiro de 2016, tecnologia a serviço da inclusão. Buscaram vários meios para adquirirem ferramentas tecnológicas, mas segundo relatos da professora Maria das Graças “A lei está escrita, mas ninguém tem verba para apoiar”. Se mobilizaram para promoverem rifas e campeonatos para arrecadação de verba para aquisição de tablets com jogos pedagógicos, disponibilizando meios atrativos para os alunos. Foram comprados uma quantidade de 12 tablets; quantidade satisfatória para a realidade da escola da zona rural que tem como média de 12 a 15 alunos por sala. Esse material foi usado na turma do 3º ano do ensino fundamental com idades entre 8 a 9 anos.
A Professora Maria das Graças teve maior desempenho com esse material nas disciplinas de língua portuguesa, matemática e história. Segundo relatos da professora do 3º ano na qual foi aplicada a tecnologia para a disciplina de língua portuguesa, houve uma identificação dos alunos mais distraídos e com o aplicativo de vídeo e voz trabalhou-se atenção desse aluno. Já para a disciplina de matemática a Prof.ª buscou os alunos com mais hiperatividade e usou jogos mais dinâmicos com operações matemáticas a fim de lançar desafios para esse grupo de alunos. Houve uma aceitação imediata da novidade como nos conta a aluna (Diana Dias) “Com os tablets nossas aulas não ficaram tão cansativa e a gente aprendeu mais’. Nas aulas de História a professora nos conta que pode despertar não só o consumo do jogo, mas sim a história dos jogos. Essa mobilização da escola despertou em outros estudantes uma busca para novas formas de ferramentas tecnológicas para as outras séries da escola.
Após o primeiro ano do tablete como ferramenta tecnológica de auxilio nas aulas das crianças da escola entre 8 e 9 anos detectou-se que por ter poucas informações no tablete e após alguns meses de uso os alunos começaram a perder o interesse “Enjoa rápido” segundo alguns alunos dessa série, isso despertou mais uma demanda de criatividade da professora preocupada em perder o material desenvolveu novas atividades com outras crianças para que houvesse novos desafios entre eles, competição foram criadas como forma de mexer com conhecimento adquirido pelos alunos e proporcionando para os alunos que já tinham possuídos muito conhecimento do tablete há ajudar outras crianças sempre junto com a professora mediando essa troca de conhecimento. A mobilização foi geral na escola trazendo os professores do ensino médio a se interessarem pelo assunto e o professor João Gomes trouxe para as suas aulas de sociologia o despertar do senso crítico sobre a tecnologia.
A coordenadora Pedagógica da escola analisou os objetivos que poderiam alcançar tal ferramenta. Segundo ela o diagnóstico de alunos com TDAH e o apoio da ferramenta tecnológica é só um dos auxílios para esse problema que foi muito bem aceito pelos alunos e seus pais. Outro objetivo muito importante que a coordenadora pode observar foi o diálogo proposto pela escola no sentido de se trabalhar histórico crítico dessa inovação tecnológica como a visão do consumo pelo consumo. Despertar no aluno a crítica do uso desse material não deixar com que a escola seja propaganda de produto e os alunos aprenderem a não só serem usuários desse material como agentes passivos e sim utilizar a tecnologia para criar. Essa é a grande questão, há na escola uma preocupação do uso excessivo dessas novas tecnologias em sala de aula são bem-vindas, porém a uma preocupação por parte desses especialistas na questão do analfabetismo funcional, problema recorrente nas escolas brasileiras por esses alunos não voltarem para o interesse de buscar nos livros conhecimentos mais aprofundados.
Um dos desafios dessa ferramenta está na formação dos professores para poderem trabalhar juntos com os alunos poder desenvolver e avançar cada vez mais nessa área, que já está bem desenvolvida no meio dos alunos da nossa sociedade. Um dos objetivos da escola segundo nos relata a Direção da escola, seria a aquisição desse material para todos na escola com uma tecnologia mais avançada.
Devido ao seu alto custo de mercado houve uma mobilização conjunta dos Docentes, população reivindicar medidas públicas no sentido de viabilizar uma grande remessa para o município podendo assim barganhar melhores preços junto às empresas privadas. Diante dessas mobilizações que antes era voltada apenas para os alunos com déficit de atenção, a escola está equipada não somente com os tablets, mas também com a internet via rádio; tecnologia que atende dentro da unidade escolar atendendo alunos e professores.
Fonte: http://tendenciaemtecnologiaeducacional.blogspot.com.br/
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