A tecnologia a favor da educação inclusiva
- FARIAS, Daiane dos S.; RAMOS
- 2 de set. de 2017
- 3 min de leitura

A sociedade cada vez mais dinâmica e aberta ao uso da tecnologia nos diferentes grupos e ações sociais tem encontrado na educação escolar por meio das TICs uma nova oportunidade de ampliar a possibilidade de ensino e aprendizado nos diferentes níveis educacionais inclusive na educação inclusiva.
A tecnologia permite aos educadores inovar suas aulas e oferecer ao educando um ensino mais dinâmico e gratificante trocando de certa forma a rotina do lápis, caderno, lousa e da fala insistente do professor pelo computador, internet, televisão e outros recursos tecnológicos viáveis ao desenvolvimento de uma aula tornando o ensino mais gratificante para o aluno inclusivo.
Essa realidade pode ser encontrada na “Escola Maria Bonita”, no interior de Goiás onde professores e alunos com necessidades especiais de aprendizagem estão cada vez mais íntimos dos recursos tecnológicos e suas possibilidades de manuseio e como instrumento de pesquisa promovendo a aquisição de novos conhecimentos de forma moderna e responsável.
A direção da escola e professores se uniram no propósito de levar a tecnologia para o ensino e também para a vida dos alunos, pois a escola atende alunos com diferentes deficiências e algo precisava ser feito para incluir todos e garantir sua boa educação. Então decidiram desenvolver o projeto “tecnologia a favor da educação inclusiva” e a partir daí com o envolvimento de todos iniciaram seus trabalhos.
Para o desenvolvimento da aula de história sobre “As grandes Navegações” na classe do quarto ano o regente responsável pela disciplina optou por aula invertida: gravou uma videoaula para os alunos aprendem o conteúdo em casa e reservou o tempo em sala apenas para debater o assunto. “As novas tecnologias de comunicação incorporadas ao ensino promovem um ambiente de cooperação e participação”. Diz o professor de História.
Outra ação interessante está na utilização da caixa de mensagens do celular e do Facebook como recurso de ensino e interação do aluno especial. O professor criou um grupo de estudo envolvendo todas as turmas que leciona. Para o professor José que tem alunos surdos em sua classe desenvolver atividades com esse recurso foi de suma importância. Ele explica: “A caixa de mensagem e e-mail do celular é usada para facilitar a comunicação e também a aprendizagem do aluno que pode ler os textos em classe, em casa, trocar mensagens com os colegas, com o professor, tirar suas dúvidas, dar opiniões sobre diferentes assuntos e realizar inclusive suas avaliações.
Na opinião da diretora da escola ”Maria Bonita”: “Assim a sala de aula passa a ser um espaço mais coletivo e de conhecimento compartilhado, uma vez que a ação envolve todos os alunos das classes do quarto ano e demais turmas atendendo também as expectativas de aprendizagem do aluno surdo”.
A comunidade escolar com o apoio da sociedade local investiu na criação de softwares para a inclusão do aluno surdo tanto ao sistema de ensino e aprendizagem quanto na sua ação social incentivando sua participação nos grupos sociais de sua vivência. A ideia foi muito bem recebida e hoje até as crianças surdas se interessam pelo programa o qual é específico para essa limitação e traz textos curtos, bastantes animações, filmes com linguagem clara de fácil compreensão.
O professor José em suas aulas digitais também utiliza o caça palavras, jogos e vídeos. Para ele a responsabilidade do educador com seu aluno vai muito além da simples transmissão do conhecimento é promover o cidadão em sua cidadania é enriquecer a diversidade e fazer com ela seja aceita pelo diferente, como ainda a promoção da identidade, a superação de traumas, preconceito, indignação.
O professor José acompanhando a ideia de Porvir sobre a tecnologia na aula de História diz que: “Às vezes um aluno não aprende só ouvindo, ele precisa de algo visual. Outros precisam de uma experiência maior para visualizar um conteúdo de forma prática”.
Fonte: https://www.moodlelivre.com.br/noticias
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